O que Moro e Dilma têm em comum







No último final de semana, foi realizada nas Universidades de Harvard e MIT (Cambridge/EUA) a terceira edição da Brazil Conference , um evento organizado pelos alunos brasileiros dessas duas universidades com o objetivo de debater os desafios do Brasil, sua agenda nacional prioritária e o compartilhamento de ideias inovadoras para soluções conjuntas e sustentáveis.

Impossível não notar o contraste entre a luz acesa em Massachusetts e a fumaça vinda das cinzas de Brasília. E o mais incrível é que essa chama brilhou pelas chispas do diálogo, elemento ausente no binarismo político brasileiro dos últimos anos.

Foi uma aula de civilidade e diversidade. Brasileiros representativos de diversos setores da política, da academia, do mainstream e das ruas, compartilharam o mesmo palco, discutindo temas importantes e buscando soluções.

O que Douglas Belchior e Luciano Huck têm em comum? No mínimo a disposição de dividir o mesmo espaço para expor ideias diametralmente opostas. O que não dizer então de Dilma Rousseff e Sergio Moro? Sim, "Sergio" apenas, sem o "juiz", porque assim ele foi chamado durante toda a informal e bem-humorada entrevista feita pelo também juiz e aluno de Harvard Erik Navarro.

Marina Silva, Fernando Haddad e Eduardo Suplicy deram cada um o seu recado. O ex-senador, porém, compôs uma inusitada mesa com o filósofo de direita Olavo de Carvalho. Juntos, debateram políticas sociais com respeito e intensidade, para delírio dos presentes.

Novas figuras do cenário político também marcaram presença, sempre dialogando e despolarizando. Marcelo Freixo e Luciana Boiteux dividiram esse democrático espaço com João Dionísio e ACM Neto.

fonte; Portal Terra